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Algumas das principais companhias jornalísticas do mundo planejam introduzir uma forma de jornal eletrônico, que permitirá aos usuários baixar edições inteiras da Web para telas digitais reflexivas, supostamente menos desgastantes para os olhos do que os laptops, cujas telas emitem luz, ou as telas dos celulares. Versões flexíveis desses aparelhos de leitura eletrônica podem estar disponíveis em 2007.Os aparelhos portáteis de leitura não poderiam chegar em um momento mais apropriado para o setor jornalístico, que vem lutando para manter seus leitores e verbas publicitárias diante dos rivais online.
Grupos editorais como o Hearst, dos Estados Unidos, o britânico Pearson, o francês Les Echos, e o jornal financeiro belga De Tijd prevêem experiências em larga escala com os aparelhos de leitura este ano.
As tentativas anteriores de vender aparelhos eletrônicos de leitura, feitas por editoras de livros, fracassaram devido aos preços elevados e à falta de títulos para download. Mas uma nova geração de aparelhos da Sony e a iRex, uma empresa criada pela Philips Electronics, impressionaram os grupos jornalísticos com sua resolução elevada e eficiência energética, o que atraiu apoio à idéia uma vez mais.
"Isso poderia realmente substituir o papel impresso", disse Jochen Dieckow, diretor da divisão de pesquisa e mídia jornalística da Ifra, uma associação mundial de jornais sediada na Alemanha.
É fácil perceber o motivo do interesse das empresas jornalísticas. Jornais digitais, ou jornais eletrônicos, se aproveitam de duas tendências que prevalecem na mídia ¿ o crescimento da publicidade online e o uso generalizado de aparelhos portáteis, como o player de música iPod.
Quase todos os jornais têm sites na Internet, mas poucos leitores querem correr o risco de usar seus laptops na rua ou de deixá-los cair no banheiro.
Os jornais eletrônicos reduziriam os custos de produção e distribuição, que respondem por 75% das despesas dos jornais.
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