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O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, voltou a criticar a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de convocação de uma Assembléia Constituinte no próximo ano para realizar a reforma política. Para o tucano, não é necessária uma nova Constituição para punir os criminosos."Uma nova Constituição você faz quando tem uma grande fato político que justifique", disse Alckmin em evento de campanha em um hotel no centro de Poços de Caldas, lembrando os exemplos do passado, inclusive o da atual Carta, elaborada após o fim do regime militar. "Para pôr ladrão na cadeia você não precisa fazer outra Constituição."
A proposta de uma Assembléia Constituinte com finalidade específica foi apresentada na quarta-feira ao presidente por um grupo de juristas e ex-presidentes da Organização dos Advogados do Brasil (OAB). Lula disse ver a idéia com "simpatia".
Ao lado do governador mineiro, Aécio Neves, também tucano e favorito disparado à reeleição, Alckmin atacou o governo Lula pela situação das estradas federais, ao comentar uma placa do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) em um ponto da cidade.
"Tem placa mas não tem obra. Constrói placa de obra que não existe", disse, ironizando a questão dos buracos. "Se quisermos ver se a estrada é federal ou estadual é fácil: é só ver o número de buracos."
Alckmin aproveitou a onda de oradores anteriores que citaram o ex-presidente Juscelino Kubitschek e a esperança de que ele possa ter o mesmo papel no desenvolvimento do país, desempenhado pelo mineiro, que era médico como o tucano.
"Não podemos ressuscitar os mortos, mas podemos reviver o seu sonho", disse o presidenciável, sendo muito aplaudido pelas centenas de pessoas presentes.
Alckmin prometeu ainda que, se eleito, fará investimentos de forma descentralizada. "Não vamos disputar com governadores e prefeitos. Vamos dar as mãos."
Saúde
Mais cedo, em Belo Horizonte, Alckmin criticou a gestão de Lula na área da saúde, afirmando que programas brasileiros que eram referência internacional, como o de combate à aids, sofreram retrocesso.
"Falta até camisinha (nos postos de saúde)", afirmou em visita à Santa Casa de Misericórdia da capital mineira, onde chegou no fim da manhã.
Alckmin prometeu regulamentar a aplicação na Previdência de parte dos recursos arrecadados com a Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). Dos 0,38% cobrados sobre as movimentações, 0,20 ponto percentual vai para a Saúde.
Segundo o candidato, o 0,18 ponto percentual restante que deveria ir para a Previdência está sendo desviado pelo governo federal, que ainda não regulamentou a aplicação. Se eleito, Alckmin prometeu que garantirá a destinação correta da CPMF.
O tucano também voltou ao tema da saúde em Poços, dizendo assumir o "compromisso para melhorar a qualidade do SUS, apoiando inclusive as santas casas de misericórdia".
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