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Pesquisa feita pelo Instituto Datafolha e publicada neste domingo pelo jornal Folha de S. Paulo revela que 47% do eleitorado brasileiro se define com sendo de "direita". Outros 23%, de "centro" e 30%, de "esquerda". O levantamento foi feito na semana passada, e ouviu 6.969 pessoas pelo País.
Para o psicanalista Contardo Calligaris "causa surpresa" o alto percentual dos que se dizem de "direita". "Ser de "esquerda" geralmente traz uma posição mais gloriosa de si mesmo. Mas, que o brasileiro seja conservador, apenas confirma o fato de ele, em geral, não tomar posições de enfrentamento."
Já o cientista político Leôncio Martins Rodrigues acredita que a maioria do eleitorado brasileiro não consegue discernir exatamente o que vem a ser "esquerda" ou "direita".
Os eleitores também foram questionados sobre suas posições para temas como aborto, drogas e medidas de combate ao crime. A pesquisa mostra que são contra a descriminalização da maconha 79%. Do aborto, 63%. Outros 84% defendem a redução da maioridade penal e 51% querem a instituição da pena de morte.
Estes percentuais gerais não diferem muito quando analisados em cada grupo de eleitores ("direita", "centro" e "esquerda"). Entre os que se dizem de "esquerda", por exemplo, 87% são favoráveis à redução da maioridade penal. Também são pequenas as diferenças de opinião entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Geraldo Alckmin (PSDB). Os simpatizantes ao tucano são ligeiramente mais conservadores apenas em relação à maioridade penal e à pena de morte.
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