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Se a Volkswagen do Brasil encerrar as atividades da fábrica Anchieta, em São Bernardo, a economia da região poderá perder cerca de R$ 1,38 bilhão em salários por ano. De acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em reportagem publicada no jornal Diário do Grande ABC, somando impostos e benefícios as perdas chegam a R$ 2,8 bilhões.
Este valor perdido somente em salários pode ser multiplicado por dez para avaliar o custo social para a região, que é mais grave. De acordo com técnicos do Dieese citados pelo jornal, esse custo social de R$ 13,8 bilhões causaria maior demanda em serviços públicos, principalmente educação e saúde.
O levantamento do Dieese, feito a pedido do Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC, baseou-se em projeções do ex-vice-presidente da General Motors do Brasil André Beer para considerar que cada empregado em montadora representa oito postos de trabalho em todo o setor automotivo. Por isso, o fechamento da fábrica em São Bernardo geraria, além das 12 mil demissões na Volks, outras 94,6 mil em postos de trabalho indiretos em todo o Estado.
Com as demissões e as conseqüências em série na economia do Estado, São Paulo deixaria de receber, no total, mais de R$ 4,8 bilhões por ano entre salários, impostos e benefícios. Para o economista do Dieese Osvaldo Rodrigues Cavignato, a situação "é séria, sobretudo, do ponto de vista do custo social no caso de demissões ou fechamento da fábrica. Com isso, o IDH (índice de desenvolvimento humano) cairia uma barbaridade", explica. Cavignato lembra, também, que além do cenário já desenhado, a criminalidade e a favelização aumentariam.
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