A Airbus, fabricante da aeronave da TAM que se chocou contra um prédio da empresa no dia 17 de julho, disse, em comunicado enviado para as companhias que operam com aviões da empresa, que as informações contidas nas caixas-pretas do avião acidentado no Aeroporto de Congonhas não mostram evidências de mau funcionamento da aeronave.
O documento, que foi enviado na quinta-feira pelo Departamento de Segurança da Airbus, após o cruzamento das informações contidas nas duas caixas-pretas da aeronave, lembra que a divulgação dos dados foi aprovada pelas autoridades brasileiras. A Airbus reitera que o avião podia voar com o reversor direito desligado e que havia um manual de procedimentos de pouso atualizado a bordo do avião.
O comunicado afirma que ficou registrado nas caixas-pretas que a manete do motor direito da aeronave não estava na posição de ponto morto (idle) no momento do pouso e que não houve alteração desse registro até o final da gravação, quando a aeronave se chocou com o prédio da TAM Express.
A fabricante informa ainda que, com a manete fora da posição correta, os spoilers (freios aerodinâmicos localizados nas asas da aeronave) não abriram e o freio automático das rodas não foi acionado. A Airbus destaca ainda que o freio manual só foi acionado 11 segundos depois que o avião tocou a pista principal de Congonhas, a uma velocidade de aproximadamente 180 km/h.
O Airbus A320 da TAM não conseguiu parar ao aterrissar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e se chocou contra um posto de combustíveis e um prédio da TAM Express. O acidente deixou cerca de 200 vítimas fatais.
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