O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), defendeu na tarde de hoje que o trem-bala ligando as capitais paulista e fluminense tenha algumas paradas entre as duas cidades. "Um trem como esse só pode dar vazão a todo potencial de desenvolvimento da área se houver paradas no meio. Isso naturalmente reduz a velocidade. Talvez nós devêssemos ter um trem 'meio-bala', não totalmente bala. Mas tudo isso precisa ser analisado", disse o governador.
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou que o estudo sobre o projeto prevê as duas possibilidades. "É possível você ter, em alguns horários, o trem rápido, sem paradas, e num intervalo de 20 minutos ter um trem que pare em algumas cidades. Isso não atrapalharia o andamento das linhas", explicou.
Serra e Cabral participaram de evento no qual foi assinado um convênio que cria um grupo de trabalho interestadual para acompanhar o desenvolvimento e a implantação do projeto do primeiro trem-bala brasileiro. O documento foi assinado pelo secretário de Transportes do Rio, Julio Lopes e pelo secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella.
Cabral usou os problemas que teve para chegar do Rio a São Paulo como justificativa para o projeto. "A saga que eu percorri hoje para chegar a São Paulo é exemplar e ilustra a necessidade que temos de ter um meio de transporte alternativo ao avião. Acabei pousando em Viracopos", disse. Por conta do atraso dele, o evento, que estava marcado para as 10h30, começou às 12h35.
O grupo de estudos será formado por três técnicos do Rio e três de São Paulo, que serão nomeados em 10 dias. Caberá a esse grupo avaliar a concepção do projeto e sugerir adequações levando em conta características e interesses regionais de cada cidade.
A previsão é de que a licitação aconteça ainda em 2008 e que a obra seja inaugurada em 2015. Os primeiros estudos prevêem custo de R$ 18 bilhões.
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