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Senadores da oposição comemoraram, nesta quarta-feira, as duas vitórias no processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e já acreditam em uma "mudança de clima" na Casa. Os parlamentares avaliam, no entanto, que o futuro de Calheiros ainda é incerto, com a votação secreta que será realizada no Plenário da Casa na semana que vem.
No Conselho de Ética, a votação foi de 11 a quatro a favor do relatório de Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), que pede a perda de mandato de Calheiros.
Mais tarde, na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os parlamentares aprovaram, com apenas um voto contrário, a constitucionalidade do processo.
"O clima aqui no Senado mudou muito de ontem para hoje. O clima está compatível com o que ocorreu no Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada (sobre o mensalão) e também com o que quer as ruas. O clima no Supremo chegou aqui", avalia o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Os parlamentares apostam ainda que a pressão popular possa fazer com que Calheiros seja cassado na semana que vem. Para o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), os senadores vão sentir a pressão durante o período de feriado. "Acho que a pressão popular pode pesar no resultado. Aqui (a CCJ) é um indicativo do que pode ter no Plenário", afirmou o tucano.
Votos
O futuro político de Renan Calheiros pode depender, em parte, do voto dos petistas, avaliam alguns senadores. Na prática aliados do senador, os parlamentares do partido mostraram uma mudança de votos nesta quarta-feira.
"O PT hoje mostrou que está favorável (à cassação) e eles serão os votos que podem decidir o futuro de Calheiros na semana que vem", disse o senador Marconi Perillo (PSDB-GO).
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) explicou que a líder do partido, Ideli Salvatti (SC), não deu nenhuma orientação. "A orientação da líder do PT é de respeitar e votar de acordo com a consciência", disse.
Ele próprio, apesar de ter votado hoje pela cassação, disse que pode mudar seu voto na semana que vem. Segundo ele, Calheiros ainda pode se explicar e se isso acontecer, o petista pode votar com o peemedebista.
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