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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, no início da noite desta quarta-feira, o processo que pede a cassação de mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), por quebra de decoro parlamentar. O voto do relator do processo na CCJ, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), foi acompanhado por 19 parlamentares. Apenas o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) foi contrário à aprovação do projeto.
"Questiono a legalidade do processo. Não vou pedir vistas, mas acredito que teve vícios em todo o processo", afirmou Salgado, aliado de Calheiros.
A sessão da CCJ, presidida pelo senador Marco Maciel (Democratas-PE), demorou menos de uma hora. O processo segue agora para o Plenário do Senado, onde a votação será fechada. Para ser cassado, pelo menos 41 parlamentares, dos 80 votantes, precisam votar contra Calheiros. A votação no Plenário deve acontecer já na semana que vem.
O processo pediu a perda de mandato de Calheiros por suspeitas de que ele teria contas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior. Os relatores do Conselho de Ética Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) apontaram oito fatores que comprovariam a quebra de decoro parlamentar por parte de Calheiros.
Além disso, o presidente do Senado ainda responde a mais dois processo no Conselho. Um que investiga se ele usou a máquina pública para beneficiar a empresa de bebidas Schincariol e outro se ele usou laranjas para comprar emissoras de rádio em Alagoas.
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