Os advogados do empresário Altemir José da Igreja, acusado de ter se apropriado da aposta da Mega-Sena acumulada feita por um funcionário, irão recorrer para tentar derrubar a liminar que bloqueou o prêmio de R$ 27,7 milhões.
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Guinter Otto Grander, advogado de cinco apostadores que sacaram o prêmio, afirmou nesta quinta-feira à Rádio Catarinense, em Joaçaba, região oeste de Santa Catarina, que Altemir teria sido o autor da aposta milionária. Ele afirma que outras quatro pessoas dividiram três bilhetes com jogos na Mega-Sena. "Estamos providenciando a documentação e iremos ingressar com um recurso em instância superior", disse.
O advogado contestou os argumentos apresentados pelo jovem Flávio Junior Biass, 21 anos, para que o prêmio fosse bloqueado pela Justiça catarinense. Segundo ele, Igreja teria escolhido os números a partir de uma combinação de idades e datas de nascimento de familiares. "Os jogos com as mesmas dezenas eram realizados há pelo menos um mês", garantiu Grander.
Em nota, a Caixa Econômica Federal disse que cumpriu a determinação judicial e bloqueou o prêmio assim que recebeu a liminar. A instituição não forneceu maiores detalhes, pois o processo corre em segredo de Justiça. Nesta quinta, a assessoria de impresa das Loterias informou que não há como saber se houve casos semelhantes de bloqueios de prêmios.
Os familiares de Flávio deixaram a cidade de Joaçaba na quarta-feira. Nesta quinta, o tio do rapaz, que exige sigilo sobre seu nome, informou que a medida foi tomada por uma questão de segurança. Ele afirmou que estaria sendo ameaçado desde que o sobrinho pleiteou o prêmio na Justiça. "Recebi pelo menos umas cinco ligações pedindo para que Flávio ficasse em seu canto", afirmou.
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