O PSB decidiu, nesta terça-feira, votar pela cassação do presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), na votação marcada para a quarta-feira, no Senado.
Calheiros enfrenta um processo por quebra de decoro parlamentar após uma representação do Psol, baseada em uma reportagem da revista Veja. O texto diz que o senador tinha contas pessoais, inclusive a pensão da filha com a jornalista Mônica Velloso, pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior.
Os três integrantes do PSB - partido do senador Renato Casagrande (PSB-ES), que produziu o relatório da cassação no Conselho de Ética - vão votar "fechados" pela cassação. Além de Casagrande, integram a bancada do partido os senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Patrícia Sabóia (PSB-CE). "Vão votar com o meu relatório", disse Casagrande.
Caso todos os senadores do Democratas (17), do PSDB (13) e do PSB (3) sigam a recomendação de seus partidos para votar pela cassação de Calheiros, faltariam apenas oito votos para confirmar a perda de mandato. Para aprovar a cassação ou a absolvição são necessários os votos de 41 parlamentares, maioria simples dos 81 senadores que compõem a Casa.
Além da suspeita de usar o lobista Cláudio Gontijo para pagar contas pessoais, o presidente do Senado ainda responde a mais dois processo no Conselho de Ética. Um que investiga se ele usou a máquina pública para beneficiar a empresa de bebidas Schincariol e outro se ele usou laranjas para comprar veículos de comunicação em Alagoas.
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