|
O comandante da guerra liderada pelos Estados Unidos contra o Iraque, general Tommy Franks, desmentiu neste domingo as notícias de que teria solicitado ao Pentágono o envio de reforços antes da invasão do país, em 19 de março passado, e evitou responder se o conflito poderia durar até meados do ano.
Em sua entrevista diária na sede do Comando Central, no Catar, disse apenas: "Nós nunca sabemos quanto tempo uma guerra dura".
O general enfatizou que as forças de coalizão estão seguindo um cronograma e vêm obtendo sucesso após sucesso em sua campanha no Iraque, a começar pelo controle de campos de petróleo no sul do país.
"A Força Aérea tem trabalhado 24 horas por dia, em cada metro quadrado do Iraque, e a cada dia o regime (de Saddam Hussein) perde mais de sua capacidade militar", acrescentou.
Sem pausas
Franks desmentiu também notícias de que suas forças estariam realizando uma "pausa operacional", depois de ter se aproximado de Bagdá.
"Alguns analistas disseram que nós poderíamos estar fazendo uma pausa operacional", disse. "Isso simplesmente não é o caso".
Referindo-se a baixas civis na capital iraquiana, com jornalistas sugerindo que poderiam ter sido o resultado de bombas ou mísseis da coalizão, Franks respondeu que "essa é uma operação precisa".
O general disse que os iraquianos entenderam o cuidado que as forças da coalizão estão tomando para evitar que civis fossem atingidos e "o povo do Iraque saudará sua libertação, com certeza".
Em relação ao paradeiro de Saddam Hussein, Franks declarou que não saberia dizer se o presidente iraquiano está "vivo ou morto".
"Nos últimos dias, eu não vi indícios de que seu regime esteja sendo controlado do topo", acrescentou.
No campo de batalha, Franks afirmou que as forças da coalizão avançaram no oeste do Iraque, onde capturaram aeroportos e têm o controle do litoral, mais ao sul, abrindo o caminho para o início do desembarque de carregamentos de ajuda humanitária.
A coalizão, ainda segundo o general norte-americano, destruíram o que chamou de uma grande "instalação terrorista" no norte do Iraque, onde pelo menos 120 militantes foram mortos em um ataque ao Ansar al-Islam, um grupo extremista suspeito de manter vínculos com a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden.
Franks disse também que iraquianos que se opõem a Saddam Hussein estão cooperando com as forças da coalizão, principalmente em Nasiriya, onde forneceram informações sobre dirigentes do governista Partido Baath.
(Com informações da Associated Press)
|
