Líder do mercado nacional de produção de microcomputadores, a Positivo Informática tem no mercado varejista seu carro-chefe de vendas, correspondendo atualmente a 77% das vendas da empresa - outros 19% ficam com o governo e 4% com o setor corporativo. Com uma demanda crescente por tecnologia - por ano, 8 milhões de pessoas migram das classes D e E para a classe C no País -, os projetos de um microcomputador a preços populares estão praticamente consolidados.
"Hoje, temos micros de R$ 899 e notebooks de R$ 1599. Não há muito mais o que fazer em termos de barateamento", explicou o presidente da Positivo, Hélio Rotemberg, que nesta quinta-feira participou da 9ª edição do Reseller Forum, promovido pela IT Midia, na Ilha de Comandatuba, no município de Una, a 75 km de Ilhéus, na Bahia.
Segundo Rotemberg, os preços dos computadores só podem sofrer novas baixas caso o dólar tenha desvalorização mais acentuada. "Se o dólar não cair, não vejo mais grandes oportunidades de baixa", avaliou.
"Os preços caíram, em três anos, de R$ 1999 para R$ 899. Isso é fantástico, porque está possibilitando a informatização da classe C e pega a ponta da classe D", completou.
Para o executivo, projetos de redução de funcionalidade das máquinas visando ao barateamento não dão certo. "A gente já ganhou a escala que deveria no mercado brasileiro. As mudanças nos sistemas operacionais já fizeram barateamento", afirmou.
"O computador é como um carro. O carro 0 km só é sucesso porque oferece as mesmas funcionalidades de uma BMW de última geração. Não adianta. Computador tem que ter funcionalidade de computador", finalizou.
Mercado
Criada como uma empresa de educação, a Positivo entrou no mercado de TI em 1989. Hoje, tem capacidade de produção de 250 mil computadores por mês e lidera o mercado brasileiro há 11 trimestres, com 17,7% de market share. "No mundo, somos o 15º maior fabricante e o maior entre os países emergentes", afirmou Rotemberg.
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