O Diário Oficial da União trouxe ontem novidades para diversos cargos comissionados de confiança do governo federal. Entre os que ganharam aumento, em alguns casos de até R$ 3 mil, estão secretários especiais da presidência, os três comandantes das Forças Armadas, diversos DAS (grupo-direção e assessoramento superiores), diretores de instituições federais de ensino, ocupantes de cargos comissionados de direção, de gerência executiva, de assessoria e de assistência das agências reguladoras, cargos especiais de transição governamental, funções comissionadas do INSS, Banco Central, cargos comissionados das agências reguladoras, funções gratificadas de vários órgãos, inclusive das instituições federais de ensino.
A Lei 11.526, de ontem, revoga a Lei 10.470, de 2002, que estabelecia os vencimentos antigos. Em alguns casos, como os dos DAS 101.6 e 102.6, que ganhavam R$ 7.500, o reajuste foi de quase 50%, para R$ 10.448. Apesar de não admitido publicamente, o aumento causou desconforto entre os militares de mesma patente das Forças Armadas. Os de mais alta patente - Almirantes-de-Esquadra, General-de-Exército e Tenente-Brigadeiro - continuarão ganhando R$ 7.695.
Os servidores civis das Forças Armadas também acham que esse aumento é um "cala-boca", nas palavras de Claudio Magalhães Vieira Pinto, da comissão de servidores civis das Forças Armadas. Ele lembra que os 8 mil servidores civis que não foram incluídos na carreira de tecnologia militar em 2006 estão com os salários muito defasados.
Profissionais de Nível Superior de cargos que não foram contemplados ganham cerca de metade dos que estão incluídos na carreira. Estão de fora, por exemplo, médicos, analistas de sistemas e pregoeiros, gente que trabalha pesado. Quando comparado aos militares com a mesma formação e cujo salário era igual há 12 anos, os vencimentos chegam a ser três vezes menores.
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