O assessor especial da presidência do Senado, Francisco Escórcio, ex-senador pelo PMDB, negou ter ido a Goiânia para fazer espionagem contra os senadores Demóstenes Torres (Democratas) e Marconi Perillo (PSDB). Escórcio diz ser vítima de uma "armação política".
Demóstenes acusou Escórcio de ter se encontrado com o empresário Pedrinho Abraão, dono de um hangar no aeroporto de Congonhas, para tentar armar uma espionagem contra os senadores. Segundo a revista Veja, o assessor do Senado pediria a Abraão a instalação de câmeras no hangar para flagrar Demóstenes e Perillo em aviões de empresários locais.
"Com toda sinceridade, fui a Goiânia tratar de assuntos políticos do Maranhão, tratar da minha impugnação", explicou Escórcio, que disse ter advogado na capital de Goiás.
O assessor confirmou o encontro com Abraão, mas negou interesses políticos. "O encontro foi ao acaso. O Pedrinho passou no escritório do meu advogado para me dar um abraço, porque não nos víamos há tempo", disse.
Escórcio afirmou que fez perguntas ao empresário sobre alguns políticos de Goiás, inclusive Perillo e Demóstenes, mas também sobre Maguito Vilela e Sandro Mabel. "Estava interessado em saber da atuação política, porque tenho um projeto de criar o Estado do Planalto Central e todos os parlamentares de Goiás me interessam."
O ex-senador disse, ainda, que Renan Calheiros não o procuraria para serviços de espionagem por ser um "assessor conhecido". Escórcio afirmou que empresas especializadas em espionagem podem fazer o serviço de forma discreta, inclusive, por Internet.
Escórcio também negou estar em Goiânia a serviço do Senado. "Fui com meu carro particular e fora de horário de expediente para tratar de assuntos pessoais", finalizou.
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