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O senador Demóstenes Torres (Democratas-GO) afirmou hoje que as coisas no Senado estão "invertidas". Segundo denúncias publicadas pela imprensa neste sábado, o senador acusa um assessor do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de espionagem. O senador Marconi Perillo (PSDB) também seria um dos alvos. "A estrutura da Casa está sendo usada para fazer espionagem", disse ele.
Segundo a denúncia, o assessor Francisco Escórcio, ex-senador pelo PMDB, teria se encontrado com Pedrinho Abrão, empresário e ex-deputado por Goiás no escritório do advogado Eli Dourado. No encontro, Escórcio teria pedido para que os telefones dos senadores fossem grampeados e que os dois congressistas fossem fotografados embarcando em jatinhos de empresários da região. Abrão é dono de uma empresa de aviação na região.
Torres afirmou que o assessor de Calheiros, já teria mudado a versão original sobre o assunto do encontro, que seria a impugnação de sua campanha no Maranhão. "Agora já disse que foi buscar fontes políticas", afirmou Torres.
O senador disse ter certeza de que o objetivo é fazer espionagem. Ele afirmou que o Abrão esteve com ele e contou o pedido feito por Escórcio. Já na segunda-feira ele teria entrado em contato com Marconi Perillo para informar o que estava acontecendo.
Torres afirmou que está tentando entrar em contato com as lideranças de seu partido para decidir o que será feito em relação à nova denúncia. ¿Acredito que os partidos, tanto o meu quanto os tucanos (PSDB) irão fazer uma representação¿, disse ele. O senador está em Gramado (RS) e deve retornar a Brasília na segunda-feira, quando decidirá sobre o assunto.
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