Cerca de 30 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) acamparam, neste domingo, às margens da Estrada de Ferro Carajás, em Vila dos Palmares II, distrito de Parauapebas, no sudeste do Pará. O objetivo do grupo é impedir a circulação de trens. A ferrovia é da União e está sob concessão da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
Caso os manifestantes consigam interromper a circulação de trens, o transporte de minério de ferro e manganês será prejudicado, além do transporte de cerca de 1,3 mil pessoas que todos os dias utilizam o transporte para se deslocarem entre os Estados do Pará e Maranhão. A ferrovia é utilizada ainda para levar combustível ao sudeste do Pará.
"É um crime federal e é assim que vamos tratar. Já informamos aos órgãos de segurança do Estado", informou Fernando Thompson, gerente de imprensa da empresa.
A empresa não soube quantificar o prejuízo financeiro que pode ser causado com a interdição da ferrovia. Segundo o MST, o protesto pretende chamar atenção para a divulgação de um plebiscito realizado durante o Grito dos Excluídos, realizado em setembro. Um dos itens do documento questiona a privatização da Vale do Rio Doce.
O departamento jurídico da empresa entrou com uma liminar para garantir a posse sobre a ferrovia. A polícia local foi avisada, mas não há registro de atos de violência.
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