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O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) divulgou nota nesta sexta-feira em que diz acreditar que a licença de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado não resolve a grave crise instalada na Casa e que o peemedebista não tem mais condições de voltar ao cargo. Mercadante diz ainda que estava em viagem e que não participou das negociações que levaram à licença de Calheiros.
O petista foi um dos seis senadores que se absteve na votação que absolveu Calheiros no Plenário pelo processo que julgava se ele usou um lobista para pagar suas contas pessoais.
Na nota, Mercadante diz ainda que as investigações dos outros quatro processos que o peemedebista ainda enfrenta no Conselho de Ética precisam continuar.
"Estou em viagem e não participei da negociação que levou ao afastamento do senador Renan Calheiros da presidência do Senado. Este afastamento não resolve a grave crise do Senado e não altera o processo de julgamento das quatro denúncias referentes à quebra de decoro parlamentar que estão no Conselho de Ética, ainda que evite a interferência direta de senador Renan Calheiros, na condição de presidente da Casa, como vinha ocorrendo até então", diz a nota do senador petista.
"O senador Renan Calheiros perdeu as condições de voltar a presidir o Senado e o futuro de seu mandato depende da consistência das acusações e da capacidade de defesa que ele venha a apresentar até o julgamento das representações, o que deverá ocorrer até 2 de novembro", continua.
Calheiros pediu licença do cargo ontem por 45 dias. Neste período Tião Viana (PT-AC) assume a presidência da Casa.
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