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Pivô do escândalo que colocou em xeque o mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a jornalista Mônica Veloso foi ontem uma das vítimas do caos aéreo. Em São Paulo por motivos profissionais, a capa deste mês da revista Playboy esperou cerca de 30 minutos em uma longa fila para fazer o check-in do aeroporto de Congonhas.
Depois de ir ao Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, realizado no domingo no Autódromo de Interlagos, Mônica preparava-se para embarcar rumo a Belo Horizonte.
"Eu já sabia (que o vôo atrasaria) porque ontem (domingo) já tinha dado nos jornais", disse Mônica, que no mês que vem lançará um livro sobre os bastidores da política em Brasília.
No mês passado, Renan foi absolvido pelo plenário do Senado da acusação de receber ajuda de um lobista para pagar a pensão de uma filha que teve com Mônica Veloso. As fotos da jornalista nua foram sucesso de crítica e público, inclusive no Congresso. A editora teve de fazer uma reimpressão para suprir a demanda.
"Fiquei superfeliz com o resultado. Não tinha certeza absoluta de como seria (a vendagem)", disse Mônica.
Muitos dos passageiros prejudicados ontem pelo caos que tomou conta do Aeroporto de Congonhas eram pessoas que viajaram a São Paulo no fim de semana para assistir à última corrida desta temporada da Fórmula 1. Vestidos com roupas das escuderias, coloriam os saguões do aeroporto. Homens de negócios também esperavam o chamado para embarcar. Todos procuravam informações, mas não tinham sucesso. Os servidores da Infraero - estatal que administra os aeroportos do país - e os funcionários das companhias aéreas pouco ajudavam.
O calvário, no entanto, não terminava quando os passageiros entravam nas aeronaves. Por conta da fila de aviões no pátio à espera da autorização para decolar, as pessoas eram obrigadas a aguardar mais de uma hora sem água nem comida.
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