Forças dos EUA lançam ataque em larga escala ao sul de Bagdá

 

Politica - 02/04/2003 - 00:23:09

 

Forças dos EUA lançam ataque em larga escala ao sul de Bagdá

 

Da Redação com CNN

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Fontes do Pentágono disseram que as forças norte-americanas lançaram um ataque em grande escala contra pelo menos duas divisões da Guarda Republicana, ao sul da capital iraquiana, no que pode ser o início da batalha para a tomada de Bagdá. A nova ofensiva seguiu-se à distribuição entre as forças da coalizão na região do Golfo Pérsico de um plano de batalha, sugerindo que o foco das operações terrestres começava a voltar-se para Bagdá. Segundo o Pentágono, o general Tommy Franks, chefe do Comando Central dos Estados Unidos, baseado no Catar, recebeu o sinal verde para comandar o avanço à capital iraquiana tão logo perceba que o momento é apropriado. Franks não terá que consultar o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e tampouco o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, sobre o ataque a Bagdá, disseram autoridades do Pentágono à correspondente da CNN Bárbara Starr, em Washington. As fontes do Pentágono deixaram claro que Franks não terá que cumprir prazos; o general, sim, vai tirar proveito da "vantagem tática" na hora certa. O correspondente da CNN Walter Rodgers, que acompanha o Terceiro Esquadrão da Sétima Cavalaria do Exército norte-americano, observou que, aparentemente, um número crescente de soldados será "liberado" para se dedicar ao cerco a Bagdá "nos próximos dias e semanas". Forças da coalizão que vêm travando combates sangrentos ao redor – e dentro – de cidades do sul do Iraque, tais como Najaf, Basra e Nasiriya, receberão o reforço de tropas que terão Bagdá como destino, acrescentou Rodgers. Por outro lado, Terry McCarthy, repórter da revista Time, comentou, também nesta terça-feira, que, enquanto os dirigentes da coalizão insistem que a guerra vai indo bem, "está claro que muitas unidades reduziram o ritmo". McCarthy, que acompanha a movimentação militar perto de Bagdá, disse que alguns batalhões dos aliados aguardam a chegada de mais suprimentos e do reforço de tropas. A demora para a chegada do reforço teria sido compensada pela intensificação dos bombardeios aéreos, que visaram particularmente abrir caminho para as forças em terra. Autoridades do Pentágono disseram à CNN que metade dos ataques diários está alvejando a Guarda Republicana, as principais tropas de elite de Saddam Hussein e que têm como missão proteger Bagdá. As fontes acrescentaram que cerca de 50 por cento da "eficiência de combate" das Divisões Medina e Bagdá -- as que estão sendo agora alvo de ataques das forças da coalizão -- foram dizimadas pelos bombardeios aéreos e pela ação terrestre. Como conseqüência, as forças do presidente iraquiano estariam buscando um novo posicionamento no campo de batalha, deslocando-se de áreas do norte para o sul da capital, a fim de melhorar os postos defensivos. "Sob nossos próprios termos e dentro de nosso próprio tempo, continuaremos o ataque para derrotar as forças no campo de batalha", declarou Tom Bright, chefe dos Fuzileiros Navais na base do Comando Central. "Nossa batalha agora é para reduzir as forças de primeira classe de Saddam", concluiu.

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