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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou na noite desta segunda-feira os pedidos de integrantes dos movimentos sociais ligados aos problemas de urbanização nas cidades que queriam um terceiro mandato do petista. Quando o presidente entrou no auditório do centro de convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, foi saudado com os gritos de "um, dois, três, é Lula outra vez".
Depois de ouvir as manifestações por várias vezes e ver as pessoas com três dedos levantados indicando um terceiro mandato, Lula começou seu discurso dizendo que sua permanência no governo tem data definida.
"Uma coisa que eu tenho em mente é que a passagem no governo, de um homem ou de uma mulher, tem data de entrada e saída e os compromissos são para a vida toda. Quando eu sair do governo, tenho certeza que estaremos juntos em muitas lutas", disse Lula aos participantes da 3ª Conferência Nacional das Cidades.
O presidente salientou ainda que pretende se aproximar mais dos movimentos sociais dessa área e disse que terá uma reunião com eles nos próximos dias. "Nós temos três anos para construir o que pode ser construído. Eu falo assim porque espero criar uma relação institucionalizada entre os movimentos sociais e o governo", disse Lula.
"Espero que o próximo presidente saiba que precisa se submeter a instâncias como essas dessa Conferência que temos aqui. Nos próximos dias vamos fazer uma reunião com as entidades representativas desses movimentos para nós conversarmos sobre nossas diferenças", completou.
Lula prometeu ainda que encontrará nos próximos 15 dias uma solução para o uso de imóveis federais abandonados pelo País. "Não é convincente para mim e nem para vocês que tenha um prédio no Rio ou em São Paulo que tem luz elétrica, que tem escola, que tem esgoto e que tem asfalto e não possa ser ocupado. Nos próximos 15 dias vamos fazer um levantamento e começar a tomar uma atitude", prometeu o presidente.
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