O secretário da Defesa da Grã-Bretanha, Geoff Hoon, fez nesta quinta-feira coro com autoridades militares da coalizão liderada pelos Estados Unidos ao afirmar que ninguém deve tirar conclusões precipitadas sobre o tempo que faltaria para o fim da guerra no Iraque, agora que tropas norte-americanas se encontram às portas de Bagdá.
“Nós estamos na segunda fase de um progresso resoluto”, disse o secretário.
“Mas nós temos que proceder no nosso ritmo, e não no ritmo daquele que comentam o evento”, acrescentou, numa referência aos meios de comunicação.
Hoon enfatizou que as dificuldades para derrubar o regime do presidente iraquiano, Saddam Hussein, jamais foram subestimadas, mas houve uma subestimação da “brutalidade do regime em matar seu próprio povo”.
O secretário citou incidentes em que forças iraquianas, usando metralhadoras e morteiros, teriam atirado contra a população civil de Basra, no sul do Iraque, acrescentando que elas mostraram um desprezo similar pela herança cultural do país.
Hoon estava se referindo a notícias de que soldados iraquianos teriam atacado forças da coalizão em Najaf e Karbala, duas cidades sagradas para os muçulmanos xiitas, ao sul de Bagdá.
As ações da coalizão estão passando constantemente sob o escrutínio da imprensa, queixou-se Hoon, enquanto os “assassinos” a serviço de Saddam Hussein cometem suas atrocidades longe das câmeras.
Falando de Basra – a segunda maior cidade iraquiana, com 1,5 milhão de habitantes – o secretário disse que as forças britânicas estão consolidando sua posição na região, ocupando subúrbios estratégicos.
Desde o início da campanha militar, na noite de 19 de março, Hoon disse que as forças da coalizão já fizeram mais de nove mil prisioneiros de guerra iraquianos.
Há informações desencontradas sobre o número de prisioneiros. Também nesta quinta-feira, o general norte-americano Vincent Brooks, do Comando Central da coalizão, informou que o número era de mais de quatro mil.
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