A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou, durante apresentação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em São Paulo, que "a oposição está tentando interditar o governo". Nesta manhã, DEM e PSDB recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por avaliarem que o governo federal tem utilizado projetos em andamento, como o PAC, para fortalecer o nome de Dilma no cenário nacional e alçá-la à potencial sucessora de Lula em 2010.
"É estranho que essas manifestações acontecem sempre que o governo está desenvolvendo política de obras", comentou a ministra. "O governo não faz diferença partidária na distribuição de recurso." O deputado Paulo Pereira (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, afirmou ainda que "muitos vão dizer que a ministra veio fazer campanha, mas na verdade estamos há dois anos da eleição".
Na consulta encaminhada ao TSE, as legendas oposicionistas, por meio do presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), questionam se "constitui propaganda eleitoral extemporânea a realização de eventos que, a pretexto de difundirem os feitos de gestões governamentais em andamento, buscam impulsionar a pré-candidatura de determinados agentes públicos".
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ministra e disse não ver problemas nas exposições públicas a que ela tem se submetido nos últimos meses. Como chefe do Comitê Gestor do PAC, Dilma seria uma presença normal e esperada em anúncios de investimentos, principalmente após a decisão do governo de manter os projetos do PAC e os programas sociais mesmo diante da crise financeira mundial.
