A escola Mocidade Alegre conseguiu o seu 7º título no Carnaval Paulista na tarde desta terça-feira, após a apuração das notas no sambódromo. As escolas Unidos do Peruche e a Nenê de Vila Matilde foram rebaixadas e desfilam, no ano que vem, pelo grupo de acesso.
Durante a apuração, Mocidade e Vai-Vai empataram em quase todas as categorias. A pequena vantagem da primeira colocada só apareceu depois do quesito Fantasia, quando a escola da Bela Vista tirou suas duas primeiras notas abaixo de 10.
Nem a chuva forte que caiu na zona norte da capital paulista afastou os torcedores das diferentes agremiações. Como sempre, os amantes da Gaviões da Fiel lideraram as torcidas com bexigas pretas e gritos. Para evitar confusões com os torcedores da Mancha Verde, grande rival da escola em São Paulo, eles ficaram isolados nas arquibancadas superiores.
Enredo do coração
A Mocidade Alegre entrou na passarela com o enredo Da chama da razão ao palco das emoções... Sou máquina, sou vida... Sou coração pulsando forte na avenida!, em que a escola falou sobre o órgão que é a "máquina da vida". O samba fez referência ao conceito egípcio de que o coração é centro de inteligência e razão, abordando também a saúde e o bem-estar com o equilíbrio entre o corpo e alma.
A "paixão", representada pelo símbolo do coração, também não deixou de ser retratada na avenida com o luxuoso carro Moulin Rouge, que trouxe entre os destaques as drag queens Léo Aquilla e Silvetty Montilla, além da atriz Rosi Campos, que adotou a Mocidade Alegre como sua escola amada em 2007.
A veterana rainha de bateria Nani Moreira não participou do desfile no seu posto fixo por ter dado à luz recentemente. Fora de forma, ela preferiu desfilar no último carro da escola, ao lado das crianças do Bairro do Limão, que representaram a comunidade. No lugar de Nani, a única representante da bateria foi a pequena Marília, 12 anos, conhecida como "Nanica".
A ausência da rainha não deixou de animar a platéia, que ovacionou a bateria. Os ritmistas da ala abusaram da coreografia e formaram um "coração humano" que era atingido por uma flecha. A difícil manobra rendeu elogios no sambódromo e não foi esquecida pelos jurados, com todas as notas 10 no quesito.
Com atacante do São Paulo, Mocidade fala de coração
O atacante Washington, do São Paulo, foi um dos destaques da Mocidade Alegre. O jogador, que passou por uma operação no coração em 2002, tornou-se exemplo do samba-enredo Da chama da razão ao palco das emoções... Sou máquina, sou vida... Sou coração pulsando forte na avenida!, em que a escola fala sobre o órgão que é a "máquina da vida".
A partir de 0h58, o atleta, que na tarde do último sábado participou da vitória do São Paulo sobre o Barueri, por 3 a 1, pelo Campeonato Paulista, vestiu a camisa "Coração Valente", apelido que recebeu por voltar a jogar futebol depois da operação. Ao todo, 3,5 mil componentes compuseram as 27 alas, com cinco carros alegóricos.
O samba faz referência ao conceito egípcio de que o coração é centro de inteligência e razão, enquanto ainda fala sobre saúde e bem-estar, com o equilíbrio entre corpo e alma, e ainda o "cenário das paixões", dos mais fortes sentimentos.
A veterana rainha de bateria, Nani Moreira, entrou neste ano como destaque de uma das alegorias da escola, deixando o posto ocupado por ela durante anos. Como Nani é tradição como rainha de bateria da Mocidade, a escola decidiu por não substituí-la. A única representante é a pequena Marília, 11 anos.
Mesmo sem rainha, a bateria fez seu show à parte. Fantasiados de vermelho e comandados pelo Mestre Sombra, os ritmistas abusaram da coreografia antes do recuo. Enquanto metade dos integrantes tocava, o restante se perfilou para formar um coração, que era atingido também por uma flecha humana. A difícil manobra da campeã de 2007 rendeu aplausos da torcida, que respondeu a festa nas arquibancadas.
Completam o segundo e último dia de desfiles em São Paulo as escolas Acadêmicos do Tucuruvi, Gaviões da Fiel, Vai-Vai e Império de Casa Verde. Antes da Mocidade Alegre, a Leandro de Itaquera, recém-promovida do grupo de acesso, e a Pérola Negra foram as primeiras a entrar no Anhembi.