O empresário Marcos Valério Fernandes divulgou nota nesta quarta-feira em que nega que a agência SMP&B, de sua propriedade, tenha aceitado contrato da Garanhuns Empreendimentos para justificar empréstimos bancários que teriam sido feitos em nome do PT. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo do dia 23 de fevereiro afirmou que José Carlos Batista, ex-sócio da Garanhuns, disse à Justiça em dezembro que a empresa produziu contrato fictícios em 2005 para justificar valores recebidos da SMP&B.
A Garanhuns é investigada no suposto caso do mensalão e Batista é testemunha de acusação na ação penal. A empresa teria repassado, em nome do PT, recursos da SMP&B ao PL (atual PR) em 2003, em troca de apoio político no Congresso. Segundo a reportagem, Batista disse que, posteriormente, foi feito um contrato fictício com a agência para justificar a fraude.
Na nota, Valério disse que foi ele, em depoimento ao delegado da Polícia Federal Luiz Flávio Zampronha, quem falou sobre a ligação entre Valdemar Costa Neto (então presidente do PL) e João Carlos Batista. Além disso, o empresário afirmou que encaminhou à PF uma cópia do contrato rejeitado pela SMP&B.
Quanto ao repasse de recursos em nome do PT para o PL, Valério disse que "as pessoas indicadas para responder à questão são os dirigentes do PT na época, José Genoíno e Delúbio Soares, e o então ministro José Dirceu."
