Enquanto a crise econômica mundial assola importantes mercados automotivos pelo mundo, com quedas de mais de 30% nos Estados Unidos e Japão, o Brasil segue estável graças ao pacote de medidas de contenção do governo. Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgados nesta última segunda-feira (9), o mercado apresentou alta de 1% na comparação de janeiro com fevereiro (foram 199 366 automóveis e comerciais leves emplacados). Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma leve redução de 0,7%, enquanto o resultado do primeiro bimestre de 2009 foi 4,6% inferior ao anotado em 2008, quando 415 803 unidades foram vendidas.
De qualquer forma, esse foi o terceiro mês seguido de crescimento após os primeiros efeitos da crise, que começou em setembro de 2008 e limitou o financiamento para o consumidor. A redução do IPI e aumento do volume de crédito foram cruciais para a retomada. As montadoras também afirmam que a recuperação se deve à reconstituição dos estoques, exauridos neste começo de ano. As exportações, por sua vez, tiveram recuperação de 28,1% em relação a janeiro. Em comparação ao volume embarcado para fora do país em fevereiro de 2008, a marca foi 52,3% superior.
No ranking das montadoras no primeiro bimestre a liderança segue com a Volkswagen, apesar de seu desempenho 0,1% inferior aos dois primeiros meses de 2008. Na segunda colocação fica a Fiat, com uma redução de 12,4% em suas vendas de automóveis, seguida da GM, que caiu 21,1%, e a Ford, que, contrariando previsões, teve resultado 40% superior ao atingido nos dois primeiros meses do ano passado. Outros destaques são o aumento significativo das vendas de Mercedes-Benz e Nissan, que subiram 76% e 80,8%, respectivamente. Renault e Toyota registraram alta na casa dos 15%, enquanto o grupo PSA Peugeot-Citroën caiu 4,8%.
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