Mantega: crise está piorando, mas Brasil tem "bala na agulha"

 

Economia - 16/03/2009 - 18:26:50

 

Mantega: crise está piorando, mas Brasil tem "bala na agulha"

 

Da Redação com Invertia

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Depois de encontro com os líderes financeiros do G20 no fim de semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira em Nova York que a impressão geral entre os países ricos e principais emergentes é de que a crise está piorando. No entanto, Mantega ressaltou que Brasil ainda tem espaço para adotar medidas com objetivo de sofrer os efeitos com menos intensidade.

"Cheguei do G20 e panorama geral é de que a crise está piorando. O crédito é escasso no mundo, falta confiança e a fuga de capitais nos países emergentes é alta", disse o ministro, em seminário promovido pelo Wall Street Journal.

De acordo com Mantega, em outras crises o País era obrigado a aumentar a taxa de juro para evitar a fuga de capitais, o que aumentava o desemprego e provocava a queda do Produto Interno Bruto (PIB). "Hoje tomamos medidas anticíclicas. Estamos baixando a taxa de juro, aumentando investimento em infra-estrutura e ainda temos bala na agulha", completou.

"Não esgotamos a política monetária que podemos fazer. Ainda temos as reservas dos depósitos compulsórios, nossas taxas de juros ainda são altas e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) está à disposição dos empresários", explicou o ministro.

Para Mantega, as medidas que o governo tomou já mostram uma retomada no consumo. "Eu acredito que seremos um dos primeiros a sair dessa crise. A curva de consumo geral já está em franca recuperação", apontou.

O ministro também citou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que injeta dinheiro do governo em infra-estrutura - medida que os outros países só começam a adotar agora. "O País vem ganhando 'músculo' há três anos", afirmou.

Os bancos brasileiros não apresentam dificuldades como grandes instituições dos Estados Unidos e da Europa, avaliou Mantega, que defendeu a atuação dos bancos federais e estaduais. "Os bancos públicos podem ser tão ou mais eficientes que os bancos privados, mas há países que têm medo, talvez por falta de conhecimento", disse.

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